Indústria do K-pop: sucesso global e desafios ambientais com o consumo de CDs

O K-pop se tornou uma das maiores exportações culturais da Coreia do Sul, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo, incluindo no Brasil. No entanto, o setor enfrenta críticas devido ao impacto ambiental causado pela produção excessiva de CDs físicos, que muitos fãs nem sequer utilizam para ouvir música.
 
Fotos colecionáveis e o consumo excessivo


A principal atração dos álbuns físicos não são os CDs, mas as fotos dos integrantes das bandas, que acompanham os discos. Essas imagens se tornam itens de colecionador, levando os fãs a comprar múltiplos álbuns para conseguir fotos específicas. Além disso, alguns CDs incluem participações em sorteios para encontros com os artistas, o que aumenta ainda mais o consumo.

Como resultado, as vendas de álbuns físicos quase triplicaram na Coreia do Sul nos últimos três anos, alcançando 119 milhões em 2023, segundo a Circle Chart. Esse aumento impulsionou a receita global de álbuns físicos, mas também elevou o desperdício plástico. Em 2022, foram utilizadas cerca de 800 toneladas de plástico, 14 vezes mais do que em 2017.
 
Algumas agências de K-pop, como a HYBE, estão buscando soluções, incluindo a oferta de álbuns digitais por meio de códigos QR, os chamados "álbuns Weverse". No entanto, a prática de lançar múltiplas versões de CDs físicos, com embalagens diferenciadas, ainda domina o mercado.

Grupos como o Kpop4planet têm pressionado por mudanças, destacando a necessidade de práticas mais sustentáveis, especialmente enquanto a Coreia do Sul sediará negociações da ONU sobre o controle de lixo plástico.
 
Campanha de fãs de K-pop contra o desperdício de plástico na indústria.

Apesar das críticas, o K-pop continua crescendo globalmente. No Brasil, o estilo musical tem uma base de fãs sólida. Em outubro, por exemplo, a cantora Rosé, do Blackpink, marcou presença no país durante a turnê de Bruno Mars, acompanhando até um clássico Fla-Flu no Maracanã.

O desafio agora é equilibrar o sucesso comercial com a sustentabilidade ambiental, um debate cada vez mais urgente na indústria musical sul-coreana.

Fonte: Reuters / InfoMoney

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